Hoje em dia, muito se fala sobre consumo consciente e em como isso pode ajudar o consumidor e
o meio ambiente, mas pouco se fala da sua aplicação prática e como é feito.

O que é consumo consciente?

Mas o que é o consumo consciente? Ele representa um ciclo, o ciclo de produção, por isso é preciso
pensar nos impactos que causará na sociedade, no meio ambiente e em suas finanças, mas vai além
disso também.
Segundo o SPC Brasil e a CNDL, consumo sustentável é: “o ato de considerar, durante o processo
de compra de um produto ou serviço, o equilíbrio entre a satisfação pessoal, as possibilidades
ambientais, os impactos de longo prazo e os efeitos sociais e financeiros da decisão”.
É uma forma de se pensar em compras sem gastar de forma desnecessária, de consumir apenas o
que realmente precisa.
Muitas vezes, essa ação já está em sua rotina e você nem percebe, são pequenos atos que fazem a
diferença no futuro, como repensar se realmente precisa de uma roupa antes de comprá-la, é evitar o
desperdício de alimentos consumindo os que já foram comprados antes de comprar novos, e por aí
vai.
Para saber qual empresa escolher, é essencial saber toda a cadeia de produção do produto: a
matéria-prima e como ela é retirada do ambiente, a instalação do comércio ou indústria e como isso
vai impactar o ambiente, em quais condições os trabalhadores servirão suas horas de serviço e os
impactos finais do pós uso do produto.
Esse tipo de consciência coletiva, de repensar antes de agir por impulso tem crescido cada vez mais,
e cada vez mais tem pessoas preocupadas em como aprimorar seu consumo.
Também conhecido como consumo sustentável, ele bate de frente com o consumo imediatista
proposto pelo capitalismo, em que o que conta é o momento imediato da ação, um consumo rápido
que só visa ao lucro das empresas, sem refletir nos impactos que essa ação está causando no meio
ambiente, na sociedade e no bolso do consumidor que, muitas vezes, age no calor do momento e
depois se arrepende por gastar um dinheiro que ele na verdade não tinha.
A partir disso, começam a surgir as dívidas, os parcelamentos infinitos e o soterramento de alguns
indivíduos.
O consumo consciente está em processo de reconhecimento, fazendo com que os consumidores
consumam menos, doem mais e outras formas de empreendedorismo sejam criadas também, como
os brechós e bazares, que antigamente eram vistos como lugares de roupas velhas e que ninguém
queria mais.
Hoje em dia, alguns brechós têm roupas de melhor qualidade e mais barato do que lojas de fast
fashion (conceito de lojas de departamento que produzem em massa sem se importar com os
impactos disso no mundo).
Apesar disso, essa busca não é de todo voluntária; estudos mostram que uma grande parcela das
pessoas que se refugiaram para esse modelo foi por conta da queda da renda familiar.

Como ser um consumidor consciente?

É fundamental que o consumidor consciente reflita sobre os impactos que a compra feita vai ter,
como é o uso e o descarte do produto e buscar o histórico da empresa antes de adquirir o produto,
saber sua procedência e se vale a pena comprar daquela marca.
Esses passos fazem você chegar cada vez mais perto de uma sustentabilidade com o planeta, além
de ser um caminho para economizar seu dinheiro, já que o intuito é refletir sobre a utilidade do
produto, se ele é realmente necessário, se você precisa dele, se ele vai fazer diferença na sua vida, e
por aí vai.
Essa prática também auxilia você a não acumular coisas em sua casa que você na verdade não
precisa.
Ao escolher marcas que se preocupam com a sustentabilidade, você estará instigando as empresas
a investirem em boas práticas ambientais e sociais, assim, empresas que testam seus produtos em
animais, por exemplo, começam a perder força no mercado, e outras menores mas conscientes
ganham espaço. 
Outras dicas para se tornar um consumidor sustentável são:
● Planejar suas compras: é fundamental para direcionar aquilo que precisa ser comprado, por
isso fazer uma lista antes de sair às compras pode ajudar;
● Saber diferenciar necessidade de vontade: como já foi explicado antes, saber perceber o que
você realmente precisa;

● Reutilizar quando for possível: não é uma novidade, mas tem pessoas que nem sempre
coloca em prática. Essa etapa é importante para o processo de sustentabilidade;
● Analisar sua rotina: veja quais hábitos contribuem para a impulsividade e o consumo
desenfreado e tente acabar com eles e retirar do seu dia a dia;
● Ser fiel ao que acredita ser certo: no final do dia é preciso seguir alguns instintos e valores
que acredita serem corretos.

É legal ressaltar que há formas mais simples de estar consumindo conscientemente. Muitas vezes
em nosso dia a dia nem percebemos que pequenos atos diários podem fazer uma grande diferença
lá na frente, como:
● Apagar as luzes dos cômodos que não estão sendo usados;
● Fechar a torneira enquanto escova os dentes e enquanto se ensaboa no banho;
● Desligar eletrodomésticos que não estão em uso;
● Ler com cuidado os rótulos dos produtos antes de comprá-los;
● Separar o lixo para reciclagem, independentemente se houver ou não coleta seletiva;
● Consumir produtos orgânicos e de matérias recicláveis e, o mais importante, passar adiante
os aprendizados com as empresas e com hábitos comuns, para que mais pessoas possam
saber pequenos detalhes que precisam ser mudados em suas rotinas.

Na realidade do Brasil, muitas pessoas ainda não entenderam que o consumo consciente está mais
relacionado com os impactos da compra do que só com questões isoladas, como o financeiro.
Para entender melhor sobre isso, é possível acessar o site do Cristão Rico e se informar melhor
sobre a questão do consumo consciente.
Lá, você vai encontrar várias dicas não só de consumo consciente, mas em relação a outras pautas
financeiras que podem fazer você evoluir como ser humano e fazer sua vida financeira progredir.